Diga-me a quem julgas e eu lhe direi quem és!
- Psicólogo Tiago Farias
- 12 de abr. de 2022
- 1 min de leitura
Só quem habita a própria pele sabe o tamanho da sua dor. Mas infelizmente é muito comum a desvalorização do que é sentido, simplesmente porque não é palpável, não é visível a olho nu.
Assim são as dores da mente!
Muitas vezes despercebidas, outras vezes menosprezadas são tratadas por tantos como uma bobagem, uma frescura ou falta do que fazer. E na escuridão dessa ignorância e desconhecimento, o mal se alastra na forma de uma opinião reducionista ou na observação “minuciosa” dos censores do adoecimento mental, que comumente questionam o modus operandi do adoecer e relatam frases assim:
• Que tipo de doente é esse que não pode ir trabalhar mas está no shopping passeando? • Você viu?, diz que tá deprimida mas tá gargalhando com as amigas.
Eis o reflexo da ignorância. Como se já não fosse fácil lidar com as dificuldades do adoecimento, ainda é necessário ter que enfrentar o olhar do outro que não entende aquilo que acontece. Lamentavelmente, o que é percebido nos consultórios é que muito desse olhar enviesado vem da própria família, ou dos “amigos” de plantão. Faz parte da natureza humana julgar como também faz parte da natureza humana ajudar.
Mas que tipo de pessoa você é?
Que tipo de olhar você tem pelo outro?
Termino citando um antigo texto que diz: Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Mt 7:3




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